contradictorias, reveladas por el proceso de ensayo, y cómo el actor puede
circular física y mentalmente dentro de estos estratos ambivalentes para
generar un tipo de actuación que ofrece a Shakespeare una modernidad
teatral acorde con su potencial.
Palabras claves: Performance, Actuación, Dirección Escénica,
Shakespeare, Teoría Cuántica.
Abstract
Based on the observation of several contemporary theatrical rehearsal
processes, part of an international research project, this article proposes
different hypotheses on the construction of the performative dimension of
the acting of a dramatic text, in this case, Shakespeare’s. Particularly, this
proposal insists on the need to question the paradigm of the character as
the central axis of the acting work, in order to get interested in other
phenomena, both continuous and discontinuous, less controllable, that
awaken a more dynamic and unstable approach to the text. Using some
analogies with modern physics, the article finally proposes some reflections
that allow us to understand how the elements that govern live performance
are constituted from an accumulation of interpretative layers,
complementary and contradictory, revealed by the rehearsal process, and
how the actor can circulate physically and mentally within these ambivalent
layers to generate a type of performance that offers Shakespeare a
theatrical modernity in accordance with its potential.
Keywords: Performance, Acting, Stage Direction, Shakespeare, Quantum
Theory.
Resumo
Baseado na observação de vários processos de ensaios teatrais
contemporâneos, parte de um projeto de pesquisa internacional, este artigo
propõe formular várias hipóteses sobre a construção da dimensão
performativa da execução de um texto dramático, neste caso Shakespeare.
Em particular, insiste na necessidade de questionar o paradigma do caráter
como eixo central do trabalho de atuação, a fim de interessar-se por outros
fenômenos, tanto contínuos quanto descontínuos, menos controláveis, que
despertam uma abordagem mais dinâmica e instável do texto. Usando
algumas analogias com a física moderna, o artigo finalmente propõe
algumas reflexões que nos permitem entender como os elementos que
governam a performance ao vivo são constituídos a partir de uma
acumulação de camadas interpretativas, complementares e contraditórias,
reveladas pelo processo de ensaio, e como o ator pode circular física e
mentalmente dentro dessas camadas ambivalentes para gerar um tipo de