Educação inclusiva e identidade em alunos do ensino médio com deficiência auditiva
DOI:
https://doi.org/10.15359/ree.27-2.15902Palavras-chave:
Educação inclusiva, identidade, surdo, estudante atípico, estudante do ensino médioResumo
Objetivo. Compreender o processo de configuração identitária em alunos com deficiência auditiva e identificar a contribuição da educação inclusiva nesse processo. Metodologia. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 3 homens e 2 mulheres com deficiência auditiva severa, entre 18 e 20 anos, de baixo nível socioeconômico, que são alunos do ensino médio de uma escola pública em Bogotá, Colômbia. Para a análise dos dados foi realizada codificação aberta, axial e seletiva, de acordo com o método comparativo constante. Identificaram-se 3 categorias emergentes: “Sou surdo”, “Falo outra língua” e “Sou capaz”. Resultados. Os resultados mostram que há uma identificação com a comunidade surda a partir das semelhanças que compartilham em termos de ausência de audição, uso da língua de sinais, estigmatização e vulnerabilidade social. A educação inclusiva contribui para o desenvolvimento de identidades sociais alternativas. Discussão. Discute-se a emergência de capacidades para buscar a transformação das condições de exclusão e as potencialidades da educação inclusiva nessa direção.
Referências
Besta, T., Szulc, M., & Jaśkiewicz, M. (2015). Political extremism, group membership and personality traits: Who accepts violence? International Journal of Social Psychology, 30(3), 563-585. https://doi.org/10.1080/02134748.2015.1065085
Calderón-Almendros, I. & Ruiz-Román, C. (2016). Disadvantaged identities: Conflict and education from disability, culture and social class. Educational Philosophy and Theory, 48(9), 946-958. https://doi.org/10.1080/00131857.2015.1118613
Carter, M. J. (2015). Deaf identity centrality: Measurement, influences and outcomes. Identity, 15(2), 146-172. https://doi.org/10.1080/15283488.2015.1023442
Carter, M. J & Mireles, D. C. (2016). Exploring the relationship between deaf identity verification processes and self-esteem. Identity, 16(2), 102-114. https://doi.org/10.1080/15283488.2016.1159963
Creswell, J. W. & Poth, C. N. (2017). Qualitative inquiry & research design. Choosing among five approaches. Sage Publications.
Easterbrook, M. J. & Hadden, I. R. (2021). Tackling educational inequalities with social psychology: Identities, contexts, and interventions. Social Issues and Policy Review, 15(1), 180-236. https://doi.org/10.1111/sipr.12070
Erikson, E. H. (1968). Identity: Youth and crisis. W. W. Norton.
Froehlich, L., Martiny, S. E., & Deaux, K. (2020). A longitudinal investigation of the ethnic and national identities of children with migration background in Germany. Social Psychology, 51(2), 91-105. https://doi.org/10.1027/1864-9335/a000403
Gómez, A., Vázquez, A., López-Rodríguez, L., Talaifarc, S., Martínez, M., Buhrmesterd, M. D., & Swann Jr., W. B. (2019). Why people abandon groups: Degrading relational vs collective ties uniquely impacts identity fusion and identification. Journal of Experimental Social Psychology, 85, Artículo 103853. https://doi.org/10.1016/j.jesp.2019.103853
Hogg, M. A. (2015). To belong or not to belong: Some self-conceptual and behavioural consequences of identity uncertainty. Revista de Psicología Social, 30(3), 586-613. https://doi.org/10.1080/02134748.2015.1065090
Hutchinson, K., Roberts, C., & Daly, M. (2018). Identity, impairment and disablement: exploring the social processes impacting identity change in adults living with acquired neurological impairments. Disability & Society, 33(2), 175-196. https://doi.org/10.1080/09687599.2017.1392931
Jenks, A. (2019). Crip theory and the disabled identity: Why disability politics needs impairment. Disability & Society, 34(3), 449-469. https://doi.org/10.1080/09687599.2018.1545116
Jiménez Rodríguez, M. & Ortega Valencia, P. (2018). Referentes sobre inclusión educativa para personas con discapacidad: Líneas para pensar el potencial en el ámbito escolar. Civilizar, ciencias sociales y humanas, 18(34), 85-104. https://doi.org/10.22518/usergioa/jour/ccsh/2018.1/a06
Leigh, I. W. (2009). A lens on deaf identities. Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780195320664.001.0001
Mertens, D. M. (2020). Research and evaluation in education and psychology. Integrating diversity with quantitative, qualitative, and mixed methods. Sage Publications.
Ministerio de Educación Nacional, República de Colombia. (2017). Decreto 1421 de agosto 29 de 2017. Por el cual se reglamenta en el marco de la educación inclusiva la atención educativa a la población con discapacidad. Diario Oficial No. 50.340. https://www.mineducacion.gov.co/1759/w3-article-381928.html?_noredirect=1
Oliveira, V. F. de. (2018). O racismo como uma “identidade social virtual”. Revista. Sem Aspas, Araraquara, 7(2), 283-291. https://doi.org/10.29373/sas.v7i2.12496
Patton M. Q. (2002). Qualitative research & evaluation methods (3.a ed.). Sage Publications.
Pérez Dalmeda, M. E. & Chhabra, G. (2019). Modelos teóricos de discapacidad: Un seguimiento del desarrollo histórico del concepto de discapacidad en las últimas cinco décadas. Revista Española de Discapacidad, 7(1), 7-27. https://doi.org/10.5569/2340-5104.07.01.01
Read, S. A., Morton, T. A., & Ryan, M. K. (2015). Negotiating identity: A qualitative analysis of stigma and support seeking for individuals with cerebral palsy. Disability and Rehabilitation, 37(13), 1162-1169. https://doi.org/10.3109/09638288.2014.956814
Rodríguez Cárdenas, D. E. & González Bernal, M. R. (2012). Exploración de la experiencia de empoderamiento de personas con discapacidad física integradas al aula regular. Psicogente, 15(27). 153-167. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6113832
Strauss, A. & Corbin, J. (2002). Bases de la investigación cualitativa. Técnicas y procedimientos para desarrollar la teoría fundamentada. Editorial Universidad de Antioquia.
Sutton-Spence, R. (2010). The role of sign language narratives in developing identity for deaf children. Journal of Folklore Research, 47(3), 265-305. https://doi.org/10.2979/jfolkrese.2010.47.3.265
Swann, W. B., Jr., Jetten, J., Gómez, Á., Whitehouse, H., & Bastian, B. (2012). When group membership gets personal: A theory of identity fusion. Psychological Review, 119(3), 441-456. https://doi.org/10.1037/a0028589
Tajfel, H. (1981). Human groups & social categories. Studies in social psychology. Cambridge University Press.
Turner, J. C., Hogg, M. A., Oakes, P. J., Reicher, S. D., & Wetherell, M. S. (1987). Rediscovering the social group: A self-categorization theory. Basil Blackwell.
Valles, M. S. (1997). Técnicas cualitativas de investigación social. Reflexión metodológica y práctica profesional. Síntesis.
Wagoner, J. A., Belavadi, S., & Jung, J. (2017). Social identity uncertainty: Conceptualization, measurement and construct validity. Self and Identity, 16(5), 505-530. https://doi.org/10.1080/15298868.2016.1275762
Zolkowska, T. & Kaliszewska, K. (2014). The social construction of social identity of people with intellectual disability. International Journal of Delopmental Disabilities, 60(1), 3-12. https://doi.org/10.1179/2047387712Y.0000000009
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- Caso o artigo seja aceito para publicação, os autores permitem a cessão GRATUITA, EXCLUSIVA E INDEFINITA de seus direitos patrimoniais à Universidade Nacional (UNA, Costa Rica). Para obter mais detalhes, consultar a Carta de originalidade e cessão de direitos.
- Direitos de reutilização: a UNA concede aos AUTORS(AS) o direito de reutilizar para qualquer propósito, incluindo o auto arquivo, e a publicação na Internet ou em qualquer website da versão final aprovada e publicada (post print) do artigo, desde que seja feita para fins não lucrativos, não gere trabalho derivado sem autorização prévia e respeite as fontes de autoria.
- A oferta e possível publicação do artigo na Revista Electrónica Educare reger-se-á pelas suas políticas editoriais, pela regulamentação institucional da Universidade Nacional e pela legislação da República da Costa Rica. Além disso, quaisquer divergências futuras de opinião ou disputa serão resolvidas de acordo com os mecanismos de Resolução Alternativa de conflitos e a Jurisdição da Costa Rica.
- Em todos os casos, entende-se que as opiniões emitidas são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a posição e a opinião da Educare, CIDE ou da Universidade Nacional, Costa Rica. Entende-se também que, no exercício da liberdade acadêmica, os autores realizaram um rigoroso processo científico-acadêmico de pesquisa, reflexão e argumentação e que se enquadra na área temática de interesse da Revista.
- Os artigos publicados pela Revista Eletrônica Educare utilizam a Licença Creative Commons: